Qual o futuro dos eventos digitais nos diferentes segmentos e o que as empresas esperam sobre como seus encontros serão realizados no futuro? As companhias precisaram se reinventar e criar novas formas de engajar parceiros e clientes, apresentar conteúdos, treinar funcionários e lançar novos produtos. A resistência aos eventos virtuais foi colocada de lado e muito se aprendeu. “Resistimos um pouco para aproveitar tudo que a tecnologia já oferecia. Agora, vemos que temos facilidades e possibilidades de, em qualquer lugar do mundo e a qualquer momento, transmitir conteúdos, realizar treinamentos e fazer qualquer tipo de conexão por meio das plataformas. E isso não volta mais. Claro que há a saudade, a vontade de estar próximo, as experiências que precisam ir além dos cinco sentidos, por isso, precisamos escolher melhor aquilo que podemos transportar para o universo on-line e o que precisa ser exclusivo do presencial. O formato híbrido, principalmente, vamos explorar cada vez melhor”, conta o gerente de Efetividade e Desenvolvimento na Nestlé, Anderson Arruda, durante painel do Inteegra Innovation. É neste sentido que eventos como este, da Inteegra, são importantes. Para trazer ensinamentos e experiências de diferentes indústrias e pessoas, compartilhamento de situações e aprendizados e, principalmente, de informações úteis, deixando de lado a questão de concorrência e centralização de insights. “Estamos muitos conectados hoje em dia, mas ainda nos mantemos muito nas nossas bolhas. Momentos como esse são fundamentais para sairmos delas. É importante dizer também que ainda não sabemos nada sobre eventos híbridos, estamos engatinhando nesse modelo. Não podemos ter a falsa impressão de que temos o domínio, o desafio ainda é muito maior. Por isso que o conceito de estratégia aberta é tão importante. Não podemos mais deixá-la a sete chaves. Ela tem de ser cada vez mais aberta e feita com os parceiros de mercado”, pontua o gestor de Viagens e Eventos para América Latina da Roche, Rodrigo Cezar. SEGMENTAÇÃO Uma coisa que os eventos híbridos e digitais também possibilitaram foi a segmentação de temas e conteúdo por audiências-chave. Ficou clara a importância ainda maior de saber o que se está falando e para quem está falando, principalmente em tempos de telas a todo instante e obstáculos para prender a atenção. A necessidade de pensar e focar em cada persona distinta ficou ainda mais latente. “Conseguimos segmentar e colocar em um evento aquele público de perfil específico. É ter a capacidade de fragmentar e atuar muito precisamente com a audiência que queremos trabalhar. Sem deixar de lado a necessidade de deixar o conteúdo atraente e que realmente faça sentido para quem está assistindo”, afirma Arruda. Publicado originalmente por PANROTAS.
Pandemia deixou valorização das relações como legado
O Inteegra Innovation foi encerrado na manhã de hoje (14), no Grand Hyatt, em São Paulo, com um bate-papo sobre a visão associativa e de mercado dos eventos corporativos – sejam eles 100% presenciais, virtuais ou híbridos. “Olhando para o mercado local, diversos clientes (fornecedores) nos contaram que já estão vendo uma retomada, com alguns hotéis já tendo solicitações de salas até março e abril de 2022, com alguns dias já lotados. Além disso, parte das cotações já estão equivalentes ao que era antes da pandemia. Vemos o setor voltando e o que podemos dar de aviso é: fique atento, pois a grande questão do ano que vem será conseguir um local para o seu encontro”, afirma a sócia-diretora da Academia de Viagens Corporativas, Viviânne Martins. Apesar de existir um mercado sedento para retornar, com a pandemia, o olhar se tornou muito mais apurado e as empresas passaram a refletir no porquê de estarem realizando aquele evento e quais são suas verdadeiras intenções. “Será que para toda reunião e lançamento é necessário um evento? Esse é o termômetro de hoje. Estamos pensando melhor, queremos voltar, mas estamos analisando formatos diversos. Talvez mini meetings, eventos híbridos ou completamente presenciais. O que sentimos no mercado é isso, de que existe um questionamento de como serão esses modelos, dependendo da necessidade do cliente”, conta a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli. LEGADOS Mesmo com toda a turbulência, dificuldades e necessidades de se adaptar, a crise sanitária causada pelo novo coronavírus provocou algumas mudanças positivas na indústria e deixou alguns legados que, com certeza, seguirão quando as coisas retomarem um pouco da normalidade. Talvez, um dos principais, é como as pessoas se relacionarão daqui para frente. “Com o digital, agora estamos dentro das casas das pessoas. Vemos o cachorro, o filho, a obra que está acontecendo no local… as relações vêm de outro lugar hoje e a nossa crença é que não se fazem mais negócios entre CNPJs e, sim, entre pessoas. As relações de negócios mudaram, a comunicação entre elas também. É um olhar de construção em conjunto, de comunidade, em parceria. Não tem mais esse sentido de individualidade”, diz Giovana. Para Viviânne, a humanização, apesar da tecnologia, é fundamental. “O que fica é a paciência, que antigamente não tínhamos quando a internet de um evento caía, por exemplo, e agora aprendemos a ter. Fica também a preocupação com a saúde mental, com o equilíbrio do ser humano. É ele que está na frente e por trás dos eventos. O que sai são as relações não empáticas, negociações imparciais. O legado que fica é nunca desistir, se unir, olhar para o outro”, finaliza. Publicado originalmente por PANROTAS.
Eventos presenciais, virtuais e híbridos se completam
Eventos presenciais, virtuais e híbridos se completam. A tríade vem se mostrando cada vez mais efetiva e, com a pandemia, foi reforçada ainda mais, mostrando o poder que cada modelo tem e suas possibilidades para cada necessidade. O assunto foi discutido durante um dos painéis do Inteegra Innovation, realizado na manhã de hoje (14). “Grande parte dos nossos eventos, 95%, estão ocorrendo virtualmente no momento, mas, para mim, o futuro é o híbrido e a tendência é manter os três formatos. Quando você tem o presencial, ele conta com uma tecnologia, como o reconhecimento fácil na hora do check-in. O 100% digital tem gamificação, trabalhando a interação, e o híbrido tem toda uma otimização de custo. Os três tipos trabalham muito bem entre si”, afirma a planejadora de Eventos sênior da Accenture, Karla Fidelis. REESTRUTURANDO Com os eventos totalmente presenciais ainda tendo de esperar para serem realizados, por conta de toda a situação da covid-19 e o avanço, ainda pequeno, da vacinação, os meeting planners e agências de eventos continuam replanejando rotas e mudando os planos. O dinamismo da pandemia obriga que cada dia seja olhado com calma. “Eu tinha muita esperança de que em fevereiro do ano que vem pudéssemos realizar pelo menos uma convenção hibrida, com mil pessoas presenciais. Mas vamos ter de trabalhar, replanejar, estudar mês a mês até que tenhamos alguma solução. O importante é acompanhar a evolução, assim como estamos fazendo desde março de 2020”, diz o coordenador de Trade Marketing e Eventos da BRF, Gabriel Ortega. Publicado originalmente por PANROTAS.
Inteegra Innovation reúne trade em evento híbrido
A Inteegra realizou na manhã desta quarta-feira (14), no Grand Hyatt, em São Paulo, o Inteegra Innovaton, encontro híbrido voltado ao segmento de eventos corporativos e meeting planners. Com diversas palestras, o encontro contou com a participação de profissionais de diferentes indústrias, palestra sob a ótica média da retomada e lançamentos de novidades e soluções. Com patrocínio master da R1 e silver do Grand Hyatt, foram mais de 1,9 mil pessoas conectadas durante a transmissão. A condução do evento ficou por conta de Mylena Ciribelli, apresentadora da Rede Record, que trouxe interações com os participantes tanto presenciais quanto virtuais. “O importante, independentemente da audiência, é levar conteúdo para clientes, fornecedores, concorrentes e outros. O senso de comunidade para o nosso mercado é essencial. Para nós, é muito importante estar com vocês. Tivemos um público incrível”, diz o sócio diretor da Inteegra, Rogério Miranda. Publicado originalmente por PANROTAS.